terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Capitulo 6 - Coração de um Peão

Oii gente!! Desculpem a demora da postagem aqui do blog! ainda to aprendendo a macher com isso. Bom, por inquanto ainda vai ficar meio bagunçada as postagens, mas prometo (to parecendo politico em epoca de campanha) organizar tudo de novo!
Ahhh! gente olha que linda a capa novinha a fic ganhou! Ela foi feita pela Ana Paula Souza! obrigada flor!



Pov Bella




Naquela noite olhos verdes penetrantes invadiram meus sonhos, sempre com mãos fortes prendendo possessivamente ao redor da minha cintura e sua voz rouca e suave sussurrando palavras doces em meu ouvido. Sentia meu corpo queimando a cada toque de suas mãos calejadas, porém, macias contra minha pele.

Acordei de súbitosentindo um calor intenso dentro de mim, os lençóis sob mim estavam molhados. Eu tentava organizar as imagens do sonho, pouco claro em minha mente, tentando encontrar algum sentido naquilo; desisti frustrada por não ter conseguido nada.

O dia anterior tinha sido decididamente, um dos melhores – se não o melhor – da minha vida. Sentimentos que eu imaginava existirapenas em livros de romance, havia sentido em mim. Era tudo absurdamente novo, confuso e ao mesmo tempo, delicioso.

Eu queria provar aquilo novamente, ou até mais se fosse possível. Mas, relembrar que já estava a mais de uma semana sem o ver, meus olhos arderam com a intensa vontade de chorar.

Aqueles poucos instantes com ele foram tão bons que, às vezes, tinha duvidas se foram reais. Eu precisava vê-lo de novo, senti-lo mais uma vez contra minha pele, para poder ter a certeza de que não foi um sonho; um sonho maravilhoso.

Eu acabava me perguntando isso todos os dias, desde que ele foi embora: será aquele pequeno momento não passou apenas de um produto da minha mente extremamente louca? Se fosse apenas isso, morreria.

Mas sempre que me perguntava sobre esse acontecimento, meus olhos caiam sobre o velho baú que ficava aos pés da minha cama. Eu me aproximava dele e o abria, no fundo, sob as minhas bagunças, estava guardado com todo o cuidado o casaco de couro curtido; aquela peça de roupa ainda emanava o cheiro dele, eisso não poderia ser fruto da minha imaginação. “Não”, eu respondia a mim mesma, me fazendo sentir uma idiota, mas eu continuava repetindo: “aquele momento foi real”.O que mais me entristecia era saber que não pudera me despedir dele.

Não havia dormido bem a noite – flashes dos momentos intenso que tivera com ele apareciam a todo instante, não me deixando relaxar como queria – então as cinco da manhã já estava de pé, o que foi bom, pois teria a chance de vê-lo antes de partir.

Aproximei-me da janela, mas não pude ver muita coisa; o céu ainda estava muito escuro. A única coisa visível era uma leve mancha alaranjada no horizonte, indicando que logo o sol nasceria. O que conseguia distinguirera o movimento de pessoas ao redor do galpão, sorri comigo mesma, eles ainda não haviam partido,e uma ideia surgiu.

Corri para o banheiro a fim de tomar um banho e tirar todo o suor da noite anterior, foi o banho mais rápido da minha vida. Peguei a primeira a primeira peça de roupa que vi a vestindo rapidamente,depois apanhei um vestido azul que ainda estava embolado e molhado no canto do banheiro, pois eu iria levá-lo para secar, sorri internamente,seria a desculpa perfeita, caso alguém me visse saindo.

Olhei mais uma vez pela janela, o céu estavaclareando pouco a poucos, suspirei e segui para a porta.Para minha surpresa, assim que a abro dou de cara com minha prima Rosalie, estava com a mão erguida como se fosse bater na porta.

Uma ruga se formou entre suas sobrancelhas:

- O que você está fazendo acordada a essa hora da manhã? - apenas mordi os lábios, tentando pensar numa resposta. Minhas bochechas coraram.- Responda Isabella Swan. – ela tentou fazer sua voz parecer severa, mas por nos conhecermos desde pequenas, isso não saiu nada severo para mim.

- Shiii Rose! – se ela falasse um pouco mais alto acordaria todo mundo – Depois eu explico, agora não tenho tempo – já ia saindo quando ela me segurou pelo braço.Olhei-a aflita, caso demorasse muito não daria tempo de ver Edward.

- Aonde vai? – ela indagou.

- Lá fora – mordi os lábios de novo.

- Não mesmo. Só depois de me explicar o que está acontecendo.

Ah... Eu não tenho juízo mesmo. Então peguei na mão dela e comecei a arrastá-la comigo.

- Então você vem comigo e mais tarde eu te conto o que está acontecendo.

- Bella, por favor, me fala alguma coisa agora! – ela falava enquanto se deixava ser arrastada por mim, sua curiosidade era praticamente palpável.

- Agora não. Preciso sair daqui sem que ninguém me veja.

Ela estancou no lugar.

- Você é louca mulher? – “acho que sim, por quê?” Respondi mentalmente – Se estiver fazendo alguma coisa errada, vai ser pega.

- Em primeiro lugar, não estou fazendo nada de errado – tecnicamente sim, mas ela não precisava saber dos detalhes – E segundo, só vou ser pega se você falar alguma coisa. Você não faria isso comigo, faria?

Ela me olhou com os olhos apertados por um segundo e depois assentiu negativamente com a cabeça.

- Ótimo, vamos. – comecei a puxá-la de novo.

- Ah, não! Você não vai me colocar no meio dessa maluquice de jeito nenhum.

- Que seja – eu já estava ficando com raiva – Estou indo.

Mal dei três passos e já a ouvi me seguindo e murmurando coisas desconexas como: o que a gente não faz por uma amiga. Revirei os olhos.

Desci as escadas com Rose no meu encalço. Estávamos com sorte; estava tudo silencioso, com exceção dos nossos passos.

Quando entramos calmamente na sala, trocamos um sorriso. Estávamos quase lá fora. Porem nosso sorriso murchou ao ver Sue com um pano na mão, esfregando a mesinha de centro. Olhei em volta e o resto do cômodo já estava num brilho intenso. Meu Deus, que horas que essa mulher acordava para fazer isso?

Rose e eu tentamos passar atrás de Sue o mais silenciosamente possível, porém o chão recentemente encerado, somado a minha excelente coordenação motora deu nisso: escorreguei assim que dei o primeiro passo – eu não devia ter calçado uma rasteirinha –. Rose rapidamente segurou no meu braço, evitando a queda.

Enquanto eu tentava recuperar o equilíbrio, mordendo os meus lábios para não soltar nenhum resmungo, consegui ficar de pé. Olhei aflita de Rosalie para Sue, mas ela ainda estava concentrada em esfregar a mesinha.

Soltei um suspiro de alivio, entretanto fora cedo demais. Já estávamos quase alcançando a porta quando meu pé esquerdo tropeçou na mesinha de porta-retratos levando tudo ao chão, inclusive eu.

- Mas o que... – Sue se virou assustada – Menina Bella!

- Oi S-sue... – senti minhas bochechas esquentarem e Rose murmurou algo como: eu avisei...

- Eu... eu... jaestavandolevarminharoupaparasecar – falei tão rápido que nem eu mesma entendi o que disse. Rose começou a choramingar ao meu lado.

- Como? – Sue perguntou. Um ruga se formou entre suas sobrancelhas.

- Er... Rose e eu estávamos indo levar uma roupa minha para secar.

- Que roupa?

- Essa. – mostrei o vestido em minhas mãos.

- E por que você a lavou? – droga, por que ela tinha que perguntar tanto?

- Deixei cair um doce em cima e sujou. – por que eu tinha que mentir tão mal? Estava torcendo para meu rosto não me denunciar nada.

- Mas por que tão cedo?

- Acordei muito disposta. – mordi os lábios.

- Sei... E onde a senhorita estava ontem à noite que eu não te vi no jantar?

- Fui dormir cedo.

- Hum... Tudo bem. Dê-me a roupa que eu mesma a levo para secar.

- NÃO! – Rose e eu gritamos juntas.

- Por que...? – eu precisava pensar em algo rápido, mas nada me vinha à cabeça...

- Bom dia – uma voz feminina soou atrás de mim. Quando me virei, era minha mãe que vinha em nossa direção com um pequeno sorriso. Mas sua expressão logo se fechou a me ver. O que será que ela viu no meu rosto? – O que esta havendo aqui?

- Bom dia mamãe. Eu... já estava indo levar esse vestido para pendurar lá fora – tentei manter minha face livre de qualquer expressão que me entregasse, mas, não souber dizer se estava obtendo sucesso.

- Tão cedo? – ela ergueu uma sobrancelha recém-feita. Mas que coisa! Será que é tão difícil aceitar que levantei cedo e bem disposta? Pelo jeito sim.

- Sim mãe... fui dormir cedo e acordei muito bem disposta. – já estava me irritando. Logo já não daria mais tempo.

- Ah tudo bem, então. – meu coração falhou uma batida pensando que ela tinha acreditado. Eu não podia acreditar nisso. – Mas – lógico... tinha que ter um mas – Vamos tomar café primeiro. Sue o café já está pronto?

- Já sim, Sr.ª Swan. Vou colocar à mesa num instante. – Sue saiu em direção a cozinha.

- Vamos Bella. Depois você leva o vestido para secar.

- Mas... mas... a Sue ainda vai demorar para arrumar tudo. – tentei argumentar.

- Que nada. Ela sempre foi rápida – mamãe disse num tom alegre.

Olhei para Rose, que apenas deu de ombros. Eu estava perdida.

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Mesmo que quase não tenha mastigado a comida para terminar rápido, minha mãe insistiu para que eu comesse muito, pois não havia jantado. Com isso, perdi mais de uma hora.

Quando finalmente havia conseguido me livrar de todos, alegando já estar satisfeita, sai correndo para fora na esperança de que já não fosse tarde de mais. Já estava descia as escadas da frente, sem nem olhar direito para onde ia, quase cai –mais uma vez naquele dia – em cima de alguém. Quando olhei para cima, era Jasper, irmão de Rosalie.

- Hey Bella! Olhe por onde anda – disse meio brincalhão enquanto me endireitava. Claro que todos ali já estavam acostumados com meu incrível equilíbrio.

- Desculpe Jazz... estava com pressa – murmurei enquanto tentava olhar sobre o seu ombro em direção ao galpão.

- Aonde você já ia assim?

- Er... eu já ia ao galpão ver se eles precisavam de alguma coisa antes de partir – disse parte da verdade.

- Ah, não será preciso. – olhei para ele, não entendendo nada – Eles já foram – explicou.

Depois disso a única coisa que me lembro é de sentir o chão sumir sob mim.

Agora a única coisa que tenho feito ultimamente é ficar olhando da minha janela, me perguntando: “Quando ele irá voltar para mim?”




Continua....


Um comentário:

  1. to amando e ansiosa pelo próximo capítulo.
    Foi um prazer fazer a capa quando precisar é só falar comigo.
    Beijos
    Bye

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